quinta-feira, 7 de julho de 2011

Roteiro básico para qualquer novelinha mexicana - reflexão sobre a paixão e o amor. [Parte 1]


Deus é amor, e nos conferiu a possibilidade de amar. Mas nós humanos,insatisfeitos com a demora em se chegar a plenitude do amor, inventamos a paixão, para satisfação instantânea. Depois, já não sabíamos diferenciar um do outro, e passamos a viver nos iludindo e buscando o amor... e nos tornamos insatisfeitos para sempre.

Todo mundo diz "eu te amo", todo mundo já sofreu por "amor", todo mundo quer ser amado... mas, quantos realmente sabem o que é o amor? E quantos realmente já o experimentaram verdadeiramente? [Amor de mãe não vale!]. Como diferenciar o amor da paixão?
Este tema será abordado e refletido ao longo de dois textos. O primeiro, pretende abordar a manifestação da paixão na vida dos indivíduos, e o segundo, o amor. Porém, adianto que não pretendo estabelecer o que seja cada um, e usarei apenas o meu conhecimento empírico.
Para este humilde autor, o amor não poderá ser descoberto em sua totalidade, já que apresenta atributos divinos ["Deus é amor"], e a nossa condição mortal nos limita muito quando falamos de coisas divinas. Devemos pois, tentar trabalhar com o que podemos observar, e sentir: O Eros, amor entre homem e mulher [tradicionalmente falando é claro], e o seu "cover" a paixão.

A Paixão [começo, meio e fim]

A paixão é algo que todo mundo já sentiu, sente e sentirá [de novo]. Para muitos começa cedo. Às vezes nos primeiros anos da escola, quando nos deparamos com a "vida em sociedade". Seus sintomas variam de pessoa para pessoa, porém, os mais comuns são: frio na barriga, tremedeira, cara de bobo (a), retardamento mental, dor no peito [este é terrível], euforia, melancolia, falta de fome, excesso de fome... A paixão costuma surgir de forma instantânea, a primeira vista, as vezes, como já ví acontecer com amigos meus [culpe os amigos quando não quiser se expor], vem antes de conhecermos a pessoa. Quando se trata de "paixão a primeira vista" ["já que amor a primeira vista" não existe], é quase indiscutível que a primeira coisa a nos atrair é a aparência. Quando é algo que vem com o tempo, se dá devido aos atributos do indivíduo em questões, como a simpatia, inteligência [aquilo que a maioria das mulheres dizem que querem, mas quase sempre abrem mão], lábia, gostos, história de vida, situação financeira [isso ninguém admite que leva em consideração] e etc. Esta segunda fase [o conhecimento] é fundamental, posto que, se levar em consideração apenas a aparência, se trata de desejo [carnal], cobiça, atração. A beleza é fundamental, mas pode ser dispensável [sobretudo para algumas mulheres, que relevam a falta dela, e alguns homens, que estão desesperados], ou seja, nem sempre as pessoas se apaixonam por quem se sentem atraídas.
Os apaixonados quase sempre acham que estão amando [pior é quando erroneamente acham que estão sendo amados também]. Eles negligenciam a maior parte, se não todos, os defeitos do seu "objeto de desejo", o que é diferente de perdoar e aceitar os defeitos [o que geralmente acontece no amor]. Quando um apaixonado reconhece os defeitos daquele que deseja [ou se tem], e fica numa constante luta para impor o que acha certo, podemos observar um (a) obcecado (a) [e isso pode matar]. Quando nos apaixonamos, não pensamos em muita coisa além de quem queremos [ou temos]. Quando correspondida, a paixão faz com que nos sintamos "nas nuvens". Quando não [ou não mais], causa uma das piores dores da alma humana, que não respeita etnia [raça não, por favor], religião, sexo, idade, classe social, resumindo, ninguém esta livre de sofrer por paixão. Por vezes, este sofrimento vai além do apaixonado, podendo acometer aquele que é desejado pelo simples fato de ser piedoso para com o seu [ou sua] pretendente [ou ex]. Pode parecer difícil de acreditar, mas quem dá um fora, ou termina, também pode sofrer [a voz da experiência falando].
A paixão pode envolver quase todos os sentimentos bons e ruins possíveis nos humanos, e podemos observar que existem três possíveis caminhos para a paixão: a indiferença, o ódio ou o amor. Por ser tão transitória, é inevitável que a paixão tome um destes três rumos. Geralmente, "o fogo apaga", e o que resta é o constrangimento, mágoa, ou simplesmente a indiferença. Dependendo da situação, observa-se a presença do ódio, que por sinal, é mais comum do que o amor. Por isso, não é raro sabermos de pessoas que mataram por "amor". É aí que podemos observar a principal diferença entre a paixão e o amor. Ora, a paixão quer possuir, satisfazer o ego de quem se apaixona. Não se sinta mal caro leitor, o egoismo é natural, e todo mundo é egoísta, a não ser que lute contra isso. Assim, quando nosso ego é contrariado [levamos um fora, ou pedem para terminar], é comum sentirmos ódio, pois, o que importa, não é a felicidade do outro, e sim, a nossa.
De forma resumida, estas são as minhas observações quanto a paixão. Não garanto que você concorde com tudo, já que paixão é que nem períneo, cada um tem o seu. Caso tenha algo a mais para acrecentar, comente aqui em baixo. Logo mais, apresentarei as minha conclusões sobre o amor.

Continua...

Agradeço a especial colaboração de meu pai, Joselito da Silva, que revisou este texto e o colocou à prova. Agradeço-o sobretudo pela sua incr´vel capacidade de acreditar em mim, de divulgar as minhas mais tolas palavras escritas e por ter sido o primeiro a me inspirar a escrever.

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