sábado, 25 de junho de 2011

Desemprego - Falta de dinheiro... (apenas para o pobre)

A existência do desemprego é considerado, um mal para a sociedade. Não é raro, a mídia nos fornece notícias sobre ou aumento ou a diminuição do desemprego, e muitas campanhas eleitorais se baseiam na proessa de se criar empregos. Seria o desemprego um "acidente da sociedade"? Seria apenas um mal, ou serviria aos interesses de alguem? Nesse texto, analisaremos o desemprego sob a ótica marxista. Para podermos entender o possível propósito do desemprego, é necessário entendermos o conceito de exercito industrial reserva.
O exército industrial de reserva, é em termos práticos a parte da população que está desempregada. Para Karl Marx, não se pode limitar o desemprego às capacidades profissionais dos indivíduos, e sim a uma série de estratégias capitalista de obtenção de lucro, sem se importarem com a vida dos trabalhadores. A acumulação e o progresso da riqueza sobre a base capitalista cria, necessariamente, um excedente da população operária, que por sua vez, serve de auxilio ao capitalista, condicionando sua existência.
Marx, dizia que este exército parece ser "educado e disciplinado" e são sempre exploraveis e disponíveis. Segundo a teoria marxista, existe um período de retorno e de saída de funcionários, que acontece num período de cerca de dez anos. Porém, o filosofo diz que o retorno ao mercado de trabalho não tão prazerosa, a medida as fileiras trabalhista voltam a ser ocupadas, a produção passa a ser excessiva, e acontecem numerosas crises e inações.
Porém, este processo degradante dos trabalhadores, não existia antes do advento das máquinas, e da concorrência externa entre países. Foi a partir deste momento que os capitalistas se viram impelidos e em condições de aumentarem grandemente a produção, chegando muitas vezes a exceder os limites físicos e psicológicos dos trabalhadores. O operário que não pudesse oferecer toda sua força de trabalho (paga), era sumariamente descartado, dando lugar a outro. Marx também estabelece outro período estarrecedor: a cada dez ou onze anos, acontece no mundo uma crise geral, que dá a possibilidade de renovação de outro período, de lucros, à economia capitalista. Porém, Marx dizia que este período não é pétrio, e pode mudar com o decorrer do tempo, tendendo sempre a diminuir.
Paradoxalmente, o progresso industrial significa o recesso trabalhista, pois as máquinas passam a fazer o trabalho que outrora eram feitos por homens. Com isso, podem se desenvolver três situações:
1°)Desenvolve-se a potência produtiva do trabalho, o que acarreta em aumento de produtos e diminuição de trabalhadores;
2°)Corte de operários, acontece uma intensificação do trabalho acompanhado de aumento da jornada de trabalho;
3°)A
umento aparente do quadro de funcionários: os trabalhadores mais fortes e caros, são subistituidos pelos mais baratos e fracos, como dizia Marx no livro o Capital, troca-se "o homem pela mulher, o adulto pela criança, um operário americano por três chineses."
A falta de emprego aumenta a competitividade, obrigando o proletário sempre buscar o aperfeiçoamento para não perder possíveis vagas no mercado de trabalho. Com o enorme número de desempregados, acontece uma baixa no salário oferecido, pois, em meio a necessidade do desempregado, o capitalista poderá oferecer uma quantia mais baixa pela força de trabalho, e lucrar mais com a "economia" com salários e o exagero na carga horária e produtiva do seu contratado. Vale lembrar, que trabalhadores que são explorados no trabalho, tendem a durar pouco tempo na empresa e fatalmente se vê substituído por outro trabalhador, perpetuando o ciclo de exploração. E este indivíduo, muitas vezes sofre com a falta de dinheiro e de saúde, decorrente de situações degradantes no "emprego". Isto, pode ser a causa da presente crise no nosso sistema previdenciário? Eu acredito que entre outros motivos, sim.
Esta ideia foi pensada no século XIX, porém, infelizmente é aplicável ao dias de hoje, bastando apenas olharmos, para os jornais, telejornais, ouvirmos o rádio, ou termos uma rápida conversa com o nosso vizinho.

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